NO MAN' S SKY


Lançamento: 2016, 

joguei a versão de Xbox One.

No Man’s Sky é um projeto polêmico, foi anunciado como um game muito ambicioso, mas quando chegou ao público foi considerado um dos maiores flops do universo de videogames, Cyberpunk 2077 depois tomou esse posto. Na época, aquela promessa de universo grandioso e cheio de biomas era vazio e sem graça.

Mas o que eu posso dizer é sobre minha experiência do atual momento, praticamente 7 anos após o seu lançamento, eu tive uma experiência totalmente rica em diversos sentidos. Não questiono quem não gosta, pois se tivesse jogado na época iria ficar bem frustrado também, junto a isso tem o tema e a proposta do game que acaba sendo meio de nicho também, mas comigo eu já era propenso a gostar, pois desde o seu lançamento e divulgação, ele tinha uma temática que chamava bastante a minha atenção.

Eu vou falar de como que resolvi dar uma chance pra ele agora, eu já estava ouvindo alguns assuntos que No Man’s Sky havia melhorado bruscamente e que agora era até melhor do que foi prometido antes de seu lançamento.

Assistindo os showcases de lançamento de games, me deu esse interesse, pois a Xbox está praticamente com Starfield saindo do forno e o sentimento de parte do público é que seja um No Man’s Sky 2.0, que acabe prometendo tudo e não entregue nada (eu espero que não), ver os conteúdos sobre Starfield me fez querer conhecer No Man’s Sky.

Eu estava jogando games mais com histórias lineares e nunca havia experimentado algo similar a este game, e na real foi uma grata experiência. Falando bem por cima, é um jogo de mineração, no qual temos que coletar recursos pra basicamente sobreviver e explorar os universos, um belo playground ou se preferir um simulador do universo.

Logo de início o game já te coloca em uma situação da qual você tem que sobreviver e isso me ganhou de um jeito, porque você aparece em um planeta praticamente vazio, somente alguns animais daquele bioma, e além disso tem que investigar uma nave e conserta-la, até conseguir sair desse planeta, terão alguns objetivos que você deverá cumprir e aí já dá pra entender um pouco de como o game vai funcionar.

Esse começo, eu achei bem legal porque ele é didático e já dá o tom que o game vai tomar, quando você sai desse primeiro planeta é uma experiência legal demais, porque pra mim pelo menos que nunca havia visto nada do game, essa imersão de adentrar em um planeta e depois sair dele pra ir pro espaço e ficar fazendo essas explorações espaciais, me remeteu muito a Interestelar, filme que eu amo.

Falando nisso, esses são alguns filmes que já assisti que são temáticas parecidas ou que se assemelham com o game, caso não conheça e se interesse pelo tema, vale a dica.




Lá na galáxia, quando você vai escolher o planeta que irá visitar, com o scanner da nave você consegue ver do que é formado aquele planeta e quais são suas riquezas, mas sempre o desconhecido e os mistérios tomam conta, porque as vezes o bioma pode ser radioativo, quente, frio ou então parecer ter um clima tranquilo e do nada vir uma tempestade, você sempre tem que se preparar para sobreviver.

O game tem história, boa parte dos objetivos irá ajudar avançar e no progresso do seu personagem, você sempre vai acabar aprendendo algo após concluir essas missões.

Ao longo da jornada, irá encontrar alguns personagens que pedirão favores também, alguns são necessários para avançar na história principal, eu passei mais tempo explorando planetas em outras galáxias, dando os famosos saltos no espaço do que fazendo as missões principais.

O que eu mais gostei no game foi explorar e ir atrás do desconhecido, tem multiplayer online, mas optei por jogar sozinho e de forma exploradora e contemplativa, no modo de conhecer o bioma mesmo, pegar o que eu queria de recurso e explorar outro. 

Eu devo ter visitado uns 50 sistemas solares, o que me ajudou muito na jornada, foi ter pegado muito recurso de materiais durante as explorações, porque poucas vezes tive que parar o que estava fazendo para ir caçar algum material que não tinha, armazenei muita coisa mesmo.

Esses universos são gerados de forma procedural (uma explicação bem rápida: a própria programação gera os mundos, conforme a gente avança) e isso foi um dos motivos de ter ido mal no lançamento. Durante a jogatina você pode visitar as estações espaciais e melhorar sua nave, exotraje, multiferramenta, dá para personalizar também o seu personagem, ao longo da jogatina achei + 2 naves diferentes, mas não fui atrás de consertar elas. Ahh e os exoveículos eu usei bem raramente.

Outra coisa que achei foda, foram os embates com piratas espaciais, esses tiroteios de nave são bem legais, se você quiser ser mais pacífico, pode deixá-los te roubarem também (abati 100 naves), pelo menos na minha jogatina teve um momento que eu trabalhei com os piratas. Alguns planetas há sentinelas, se você minerar, vão te caçar e elas são bem letais.

Com respeito a história eu vou comentar de forma bem breve e sem atrapalhar a jogatina de ninguém, basicamente você irá investigar e ir atrás do que aconteceu com o piloto daquela 1ª nave caída e com isso irá tentar descobrir o que acontece naquele mundo. 

Algo que eu senti ao final da história, depois de muita coisa jogada, você tá tão imerso ali, que pelo menos para mim, o porquê daquilo estar acontecendo não é o mais importante e sim as experiências que você adquiriu explorando e tendo essas trocas intergalácticas. Não é o que o final mostra, mas sim a jornada que foi até chegar ali.

Eu gostei muito do game, particularmente foi uma experiência absurda, eu praticamente fiquei “internado” jogando só ele, como fã de filmes sci-fi como 2001, Interestelar... ter essa liberdade de explorar o que eu quisesse foi muito foda e querendo ou não poder vivenciar estes lugares e esses universos em outra mídia, diferente de filmes/ séries, foi surreal. Não citei nada de Star Trek e Star Wars, porque não tenho muito embasamento pra indicar, mas deixarei uma série que curto muito.




É tudo muito bonito nesse game, pois os planetas tem biomas incrivelmente lindos, deixo essas fotos de alguns planetas que visitei. (Eu tirei muitas fotos das paisagens).





E com relação a bugs, eu tive só alguns de renderização, mas nada que perdi progresso ou que tenha morrido, apenas alguns minutos até o mapa entender o que tava acontecendo.

Eu acho que dar essa oportunidade somente agora, foi fundamental para eu gostar do game, depois de ter jogado, considero No Man’ Sky o maior case de volta por cima que já vi em videogame. 

Eu joguei Cyberpunk 2077, 1 ano depois do lançamento, game que eu gosto bastante, nele tive poucos problemas de bugs também, mas lá foram mais severos que em No Man's Sky, atualmente não sei como está. 

No Man's tinha tudo para estar morto hoje em dia, mas ao meu ver é um game necessário demais para quem gosta do tema. Torço para Starfield obter sucesso desde o início e que não tenha grandes problemas, pois o hype está muito em cima dele.


Indicação de Música

A música para este jogo é: Kid Cudi - The Void, faixa 13 do álbum Man On The Moon III: The Chosen de 2020, eu acho esse álbum excelente e poderia indicar ele todo, pois combina muito, tem um conceito mais psicodélico, mas se encaixa demais com o astronômico também. 

A escolha por essa música, vai por causa dos elementos que lembram uma viagem intergaláctica, além da letra que eu considero que casa muito com a jornada de No Man’s Sky, de alguém se afundando no vazio/ desconhecido.


Aqui abaixo está o link desta indicação: